Sintam-se livres para se inspirarem pela imagem. Escrevam no comentário da imagem desde uma linha até um conto, tudo vale. Sem justificativas, sem pressão, sem estresse. Apenas uma brincadeira para estimular a imaginação e a criatividade. E se tiver alguma sugestão, alguma imagem instigante, mande para comimagenscomverso@gmail.com

sábado, 15 de maio de 2010

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2 comentários:

  1. Mas Bradly Cash estava errado, totalmente errado. A travessa era outra e Darrin parou num beco para pedir informações a um senhor grisalho de chapéu negro e sobre-casaca de veludo cotelê. Este senhor, personagem chave para este episódio fictício de Morte em Veneza, era Eugéne Kjell, chapeleiro francês e amigado, sem intenções de matrimônio, com Grady Catherine, uma advogada inglesa, rotunda e promíscua, associada da próspera empresa GC&GC.

    - Sei não... Esses caras estão aqui por algum motivo torpe...

    Grady expôs isto para Eugéne, querendo dizer que aqueles dois homens que pediram informações não estavam de forma alguma à vontade como era de se esperar de um turista em Veneza.

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  2. Nicinha vivia ali, no meio da Mata do Varjão, à beira do rio Condonguinho. Nicinha cresceu bruta, masculina. Era forte e tinha olhar duro. Foi mulher de poucos homens, poucos tinham coragem de chegar até ela. Alguns ela pegou à força mesmo e eles, vendo a impossibilidade da escapatória, se entregaram às entranhas de Nicinha e fizeram o que ela mandava. Nicinha descobriu-se mulher sozinha. E sequer havia outras mulheres por perto para conversar. Certas épocas Nicinha sentia-se terrivelmente inquieta. Ficou assim depois de uma vez que viu Orlandinho brincando com os amigos no roçado mais ao sul da Mata, perto da casa da Dona Vada, a parteira. Nicinha já tinha seus 25, 26 anos, ainda solteira, andava à esmo pela Mata. Orlandinho foi criança criada solta, a Mata era dele. Ele e outros meninos viviam atentando Nicinha, solteirona azeda. Mas agora Orlandinho tinha uns 14 anos, já se via contornos de homenzinho. Nicinha agora se esgueirava pela Mata observando Orlandinho e esperando loucamente quando ele e os outros amigos fossem tomar banho no Condonguinho. Até lá ela só olhava, e esperava... "Ah, se tu cresce, Orlandinho..."

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