Sintam-se livres para se inspirarem pela imagem. Escrevam no comentário da imagem desde uma linha até um conto, tudo vale. Sem justificativas, sem pressão, sem estresse. Apenas uma brincadeira para estimular a imaginação e a criatividade. E se tiver alguma sugestão, alguma imagem instigante, mande para comimagenscomverso@gmail.com

segunda-feira, 5 de abril de 2010


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9 comentários:

  1. ... e depois da enxurrada, tudo o que lhe restou foi vagar sozinha em sua cama transformada em jangada, pelas águas que agora cobriam a maior parte do planeta...

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  2. Eu juro que publiquei a foto antes de começar a chover!

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  3. A coisa única na vida da princesa era a emoção que, cambiante, fazia-lhe cócegas ora de lobo mau ora de um dos sete anões. Debaixo de caramanchões de maracujá ao lado do lago podia antever as cestas de maçã envenenada que seriam colocadas lá após o crepúsculo. E Genoveva, a criada, levava-lhe caixinhas de música enquanto as águas valsavam com ela rodando, rodando, rodando sem fim.

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  4. A solidão de Copacabana tinha algo de uma Machu Pichu vazia. A previsão do tempo era de sol. Dia de Domingo. Em que choveu um dilúvio. Mas de nada resolveu. O bule de café é enfeitado. Mangue preto no fundo da xícara. Bangüê de açúcar cristal na compoteira. A chuva chegou à Figueira da Foz. Ilhas Canárias, Tenerife, Coimbra, Bahia, Porto Seguro, São Paulo, Santos, Parati e Espírito Santo. Na areia sobrou aquela cama de redondilhas. Uma que flutuara na Rodrigo de Freitas, entre castiçais, burugunduns e flores de guapés. Dentre tantas imagens, esta da princesa Aryumaád em transversais concertinas com seu príncipe Shagehãm. Entretanto o aprisco é uma cama enregelada. O Tajmahal agora se despedaça. Copacabana aceitou mais esta cama de minaretes. E o dia está apenas começando...

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  5. ... e depois da enxurrada, tudo o que lhe restou foi vagar sozinha em sua cama transformada em jangada, pelas águas que agora cobriam a maior parte do planeta...

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  6. Eu juro que publiquei a foto antes de começar a chover!

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  7. A coisa única na vida da princesa era a emoção que, cambiante, fazia-lhe cócegas ora de lobo mau ora de um dos sete anões. Debaixo de caramanchões de maracujá ao lado do lago podia antever as cestas de maçã envenenada que seriam colocadas lá após o crepúsculo. E Genoveva, a criada, levava-lhe caixinhas de música enquanto as águas valsavam com ela rodando, rodando, rodando sem fim.

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  8. A solidão de Copacabana tinha algo de uma Machu Pichu vazia. A previsão do tempo era de sol. Dia de Domingo. Em que choveu um dilúvio. Mas de nada resolveu. O bule de café é enfeitado. Mangue preto no fundo da xícara. Bangüê de açúcar cristal na compoteira. A chuva chegou à Figueira da Foz. Ilhas Canárias, Tenerife, Coimbra, Bahia, Porto Seguro, São Paulo, Santos, Parati e Espírito Santo. Na areia sobrou aquela cama de redondilhas. Uma que flutuara na Rodrigo de Freitas, entre castiçais, burugunduns e flores de guapés. Dentre tantas imagens, esta da princesa Aryumaád em transversais concertinas com seu príncipe Shagehãm. Entretanto o aprisco é uma cama enregelada. O Tajmahal agora se despedaça. Copacabana aceitou mais esta cama de minaretes. E o dia está apenas começando...

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  9. Sim, estava martelando compulsivamente uma tábua cujas ranhuras paralelas perfaziam pequenos caroços onde estavam dispostas todas as letras.

    Punha-me a dedilhar os botões desse estranho órgão, que não emitia sons — servia somente para registrar os sons das palavras que varavam minha mente naquele momento.

    Essas palavras, como que por milagre, apareciam numa placa luminosa à frente de meus olhos, e, de algum modo, eu sabia que a sua função era mostrar, como uma janela, o que estava sendo escrito realmente alhures.

    E foi então que despertei desse sonho estranho. Apesar disso, acordei muito bem disposta: espreguicei, pulei logo na água e fui pastar, no fundo do lago, as algas tenrinhas que nasceram esta semana.

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