Sintam-se livres para se inspirarem pela imagem. Escrevam no comentário da imagem desde uma linha até um conto, tudo vale. Sem justificativas, sem pressão, sem estresse. Apenas uma brincadeira para estimular a imaginação e a criatividade. E se tiver alguma sugestão, alguma imagem instigante, mande para comimagenscomverso@gmail.com

quinta-feira, 22 de abril de 2010

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7 comentários:

  1. Lenita fez de tudo para matar a barata do livro A Metamorfose. O Kafka nem sequer desconfiou que havia uma leitora com tais poderes. Lenita tanto tentou, e tanto Detefon gastou, que afinal conseguiu seu intento: a barata do A Metamorfose estava definitivamente extinta.

    - Aproveita leitor, pode ser sua oportunidade de fazer muito dinheiro.

    - Fazer dinheiro como?

    - Venda A Metamorfose vazia para alguma editora norte-americana...

    - Será? Mas acho que isso tem mais a ver com uma espetacular divulgação num blog...

    - Mas os blogs, dizem os comunicólogos, estão mais mixurucas que ferro-velho de pobre... Mas sei que ainda há blogs e blogs... Quanto à isto, qual é sua escolha?

    - Estou mais ou menos inclinado pelo blog do Lucio. Ali as estórias são sempre inéditas, intrigantes e renovadoras...

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  2. Convidada por Betão escrevi:

    A bela e o escritor

    Ele, muito mais velho do que ela, encantou-se. Via elegância em todos os seus gestos. Casaram. O homem passava o dia a escrever, ela a ver revistas de moda. Ele lhe dizia: Deste livro, vais gostar. Deixando o objeto na mesinha ao seu lado. Antes de se voltar, beijava a nuca perfumada da mulher- sempre impecável. Depois eu leio, ela respondia.
    O livro permanecia ali, intocável. Uma pilha se fazia. Os melhores livros para leitores jovens, ele pensava.
    Um dia precisou sair. Ela disse: Vou aproveitar e ficarei lendo. Ficarei hoje no seu escritório. Ele saiu saltitante. Finalmente ela entraria para o seu mundo.
    Voltou na hora combinada, teriam um jantar. Ela estava no escritório. A luz acessa o conduziu animado. Bela, como sempre, com uma bomba na mão ela borrifava veneno na sua coleção predileta.

    Obrigada pelo espaço. Abs, Elianne

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  3. A princesa Narda nunca aceitou o truque de desaparecer que Mandrake, seu noivo, fazia. É que ela tinha um segredo íntimo e perturbador: tinha uma inveja louca de Audrey Hepburn. Mas isto não interessava a nenhum dos executivos do Joelma. Só Narda sabia que tudo começou com a tentativa de neutralizar "Breakfast at Tifanny's" na prateleira. Mas controlar os elementos, nem Mandrake sabia.

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  4. E por não ter mais nada que fazer da sua vida fútil – já havia ido ao shopping, feito as unhas, o cabelo, drenagem linfática, aplicado botox, trocado de carro, desfeito as malas da última viagem a Paris – saiu pela casa, dedetizando tudo. Só parou mesmo diante de um exemplar antigo da Divina Comédia Humana, herança do velho avô, alma de artista, cantor de óperas, devorador de livros – e de mocinhas ingênuas, pretensas modelos de suas esculturas, que dizem - morreu louco, acreditando ser um inseto e que a qualquer momento seria aprisionado por uma imensa aranha que enfim levaria ao inferno de Dante.

    A convite do Beto, eu vim :)

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  5. AHHAha, valeu a força, Beto! Às novatas minhas sinceras boas vindas e breve regresso! À minha mãe, um beijo!

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  6. Norinha nunca aprendera a ler, mas adorava a estante cheia de livros.

    "Quem sabe um dia..."

    E as traças ela não perdoava.

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  7. Verdade purinha: minha mãe comprava muitos livros e muitas coleções, mas nunca os leu. Quem os leu fui eu, mas nunca o anunciei.

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